Criador do Atari sugere uso de videogames e jogos eletrônicos nas escolas

25/11/2013 08:52
Criador do Atari, o antecessor dos videogames modernos, o empresário norte-americano Nolan Bushnell acredita que jogos eletrônicos possam ser usados nas escolas como ferramentas de aprendizagem.
 
Bushnell esteve no Rio de Janeiro para participar do evento `Conecta 2013`, para discutir novas tecnologias educacionais.
 
Conhecido como o `pai` do videogame, ele acredita que o ambiente escolar possa fazer uso dos jogos eletrônicos para ensinar de forma dinâmica crianças e jovens, fugindo da rigidez do sistema tradicional de ensino.
 
`Temos que ter um mundo em que as crianças e jovens não se sintam ignorados ou apáticos. Queremos manter o entusiasmo inicial dos alunos, que acaba se perdendo ao longo do tempo. Para isso, precisamos estimular a criatividade e o otimismo`, disse.
 
O empresário acredita que o momento atual oferece a mistura perfeita para a renovação do ambiente escolar através de novas tecnologias, com a combinação de programas de fácil compreensão e equipamentos como tablets a um preço acessível.
 
Ele desenvolveu um software para ser usado nas escolas, chamado `Brainrush`, como apoio didático. Segundo o empresário, esse jogo pode deve ser intercalado com projetos e atividades com orientação dos professores. Ele citou também um caso ocorrido na Califórnia, em que um grupo de crianças que estudavam espanhol através do videogame desenvolvido por sua empresa conseguiram formar um vocabulário mais amplo do que o dos colegas que não utilizavam a tecnologia.
 
`Acredito que podemos fazer o aprendizado tão viciante quanto os jogos. Quero que todos sejam viciados em aprender. Nos Estados Unidos, temos bolsões de crianças com condições familiares e econômicas de risco, para as quais restam as piores escolas. Podemos pegar essas crianças sob risco e melhorar sua condição através da educação e dos jogos`, disse Bushnell.
 
O criador do Atari sugere que as escolas incorporem lições sobre computação e novas mídias em seus currículos, já pensando nas profissões do futuro.
 
Fonte: Deocélia/Folha de São Paulo